A maioria das empresas considera que a computação quântica será a maior ameaça à cibersegurança nos próximos três a cinco anos, alerta o estudo “Future encrypted: Why post-quantum cryptography tops the new cybersecurity agenda”, do Research Institute da Capgemini.
Segundo a investigação, seis em cada dez empresas pioneiras na adoção de tecnologias resistentes a ciberameaças quânticas prevêem que o chamado “Q-Day” – o momento em que a computação quântica terá capacidade de desencriptar os algoritmos atualmente protegendo dados e comunicações digitais – ocorrerá dentro de cinco a dez anos.
O estudo destaca que ataques do tipo “harvest-now, decrypt-later”, combinados com o endurecimento da regulamentação e a rápida evolução tecnológica, aumentam a urgência da segurança quântica. Apesar disso, muitas organizações continuam a subestimar os riscos, arriscando-se a falhas de segurança e sanções regulatórias futuras.
Cerca de 65% das empresas expressaram preocupação com o aumento desses ataques, e um em cada seis early adopters acredita que o “Q-Day” acontecerá dentro de cinco anos. Marco Pereira, Global Head of Cybersecurity da Capgemini, reforça a importância de agir já:
O estudo indica ainda que setores de alto risco, como defesa e banca, lideram a adoção de soluções seguras para a era quântica, enquanto setores mais orientados para o consumidor, como retalho e produtos de consumo, mostram menos urgência.
Quanto às soluções, 70% das empresas já adotaram ou estão a implementar algoritmos de criptografia pós-quântica (PQC), considerados a melhor forma de proteger dados contra ameaças quânticas no curto prazo. Quase metade dos early adopters já testa ou avalia soluções PQC, sendo que as exigências regulamentares são um dos principais impulsionadores desta transição.
Apesar destes esforços, 30% das empresas ainda não reconhecem plenamente as ameaças quânticas e adiam a alocação de recursos necessários para a transição criptográfica.














